Em suma, foi um evento muito produtivo e assegurou-nos da aplicabilidade de toda teoria relacionada à leitura lúdica e a significativa possibilidade da formação de uma comunidade de alunos interessados no resgate do hábito da leitura.
Textos trabalhados:
Macacos me mordam – Fernando Sabino
A velha contrabandista – Stanislaw Ponte Preta
A prova falsa – Stanislaw Ponte Preta
O homem trocado – Fernando Veríssimo
Presença: 14 integrantes
Iniciou-se a reunião com uma breve apresentação sobre a comunidade, sobre os contos que seriam trabalhados naquele dia e sobre a Jackeline, que comparecerá aos encontros como representante da instituição (Colégio Christus) e como maior responsável.
Logo após a leitura, iniciou-se a conversa a respeito dessa experiência. Foram feitas uma série de perguntas, listadas a seguir:
1) O que vocês acharam?
2) Qual o melhor conto? Por quê?
3) Vocês esperavam esse final?
4) Se fosse o escritor ou o protagonista da história, o que você faria de diferente?
5) Gostaram dessa experiência de leitura?
A primeira pergunta elucida a questão do lúdico associado à leitura e propicia um espaço onde a opinião do jovem será valorizada. Esse é o momento no qual o integrante pode falar o que quiser a respeito de determinado autor ou conto/crônica.
A segunda pergunta visa ao desenvolvimento, gradual, da seletividade dos participantes para com as obras apresentadas e constrói o olhar crítico deles sobre a produção literária de certo autor.
A terceira questão é levantada com o intuito de, novamente, dar voz ao leitor. Constatou-se que a preferência por textos cujos finais são imprevisíveis é maior.
A quarta questão objetiva exercitar a co-autoria dos alunos e o lado criativo, para que eles não se prendam ao texto e vejam a literatura como uma arte inteiramente pronta e imodificável.
A última pergunta constituiu-se um medidor de qualidade da nossa reunião. Foi bastante gratificante observar que a maioria dos participantes realmente gostou de estar ali.
Como o grupo ainda encontra-se em estado de formação dessa comunidade, muitos se sentiram envergonhados para falar. À medida que a CJL for tornando-se um grupo coeso e o “sentimento de pertinência” forem construídos, esses integrantes irão expressar-se com maior facilidade no contexto do grupo.
Entregou-se aos participantes da CJL um texto para que eles lessem em casa.
O encerramento do “encontro piloto” transcorreu de forma tranqüila e a certeza de que iniciativas como essas ainda são viáveis torna-se cada vez mais presente.